
O Quilombo
Sauá Grande
Localizado no município de São Domingos do Capim, no Pará, é um território quilombola com uma história rica e complexa. Sua origem remonta ao século XIX, quando um engenho de cana-de-açúcar chamado Aproaga foi abandonado por seus proprietários.
Origens e Formação
Engenho Aproaga: Originalmente, o local era um engenho de cana-de-açúcar pertencente à família Chermont. Com o abandono do engenho, a área se tornou um refúgio para escravizados que buscavam liberdade, dando origem ao quilombo.
Resistência e Refúgio: O quilombo se formou a partir da resistência dos escravizados e da busca por liberdade. A região oferecia condições favoráveis para a formação de comunidades quilombolas, com áreas de mata fechada e recursos naturais.
Comunidade Remanescente
Povos do Aproaga: Atualmente, o território é habitado por comunidades remanescentes de quilombos, que se autodenominam “Povos do Aproaga”. Essas comunidades lutam pela preservação de sua cultura, história e território.
Preservação da Cultura: Os Povos do Aproaga mantêm vivas suas tradições, como a música, a dança, a culinária e as práticas religiosas de matriz africana. A cultura quilombola é um elemento fundamental na identidade e na luta por direitos dessas comunidades.
Luta por Terras e Reconhecimento
Demarcação do Território: Os Povos do Aproaga enfrentam desafios na luta pela demarcação de suas terras e pelo reconhecimento de seus direitos. A regularização do território é fundamental para garantir a segurança e a preservação da comunidade.
Conflitos e Desafios: A comunidade enfrenta conflitos com fazendeiros e empresas que exploram os recursos naturais da região. A luta pela terra e pelo reconhecimento é uma constante para os Povos do Aproaga.
Patrimônio Cultural
Ruínas do Engenho: No território do quilombo, ainda é possível encontrar ruínas do antigo engenho Aproaga, que se tornaram um importante patrimônio cultural e histórico para a comunidade.
Memória e Identidade: As ruínas do engenho são um símbolo da história de resistência e luta dos escravizados, além de fortalecerem a identidade e a memória dos Povos do Aproaga.
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